Desde a elevação de Santana do Livramento à categoria de Vila, em 1857, uma das preocupações centrais era a construção de um edifício para sediar a administração municipal.
A construção do prédio teve o apoio fundamental de dois Intendentes Municipais, o Senhor Vigário Augusto Martins da Cruz Jobim e Dr. Moysés Pereira Vianna.
Ao primeiro coube a iniciativa de registrar no orçamento de 1908, a autorização para que o município pudesse contrair um empréstimo para iniciar a construção, e ao segundo a missão de levar adiante a ideia e concretiza-la.
Escolhido o local em frente à Praça General Osório, foi realizada a compra do terreno que pertencia a Aparício Martins, Arthur Garcia e Coroliano Cabeda pelo valor total de 23 contos de réis, tão logo foram iniciadas as obras, em março de 1909.
Praticamente, todo o material para a edificação, incluindo o cimento, os assoalhos, os forros metálicos e os mármores, foi importado da capital uruguaia.
O projeto do prédio ficou a cargo do engenheiro Cayetano Carcavallo que também veio de Montevidéu e a execução da obra teve como encarregado o construtor Jeronymo Tentardini.
A partir do final de 1910, o edifício passou a ser utilizado, ainda que de forma precária até sua conclusão que se deu sob a administração do Intendente Coronel Juvêncio Maximiliano de Lemos.
O Palácio Moysés Vianna, situado na Rua Rivadavia Corrêa, 858, conta com coroamento feito por frontão curvo, com sótão e campanário para relógio. A cobertura foi feita com platibandas vazadas pelas janelas do sótão e o telhado de mansarda em ardósia no campanário do relógio.
O custo total do Paço Municipal, em valores da época, foi de pouco mais de 300 contos de réis.
Referências Bibliográficas
· CAGGIANI, Ivo. Sant’Ana do Livramento 150 anos de história. Edição: Museu da Folha Popular. Sant’Ana do Livramento RGS.
· Fichas de inventário do Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul (SEDA/CHPE/SEC)
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