quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

71 anos de História - O Parque Internacional

O Parque Internacional 

Camila Braz Viscardi

     Dos 1.068 km de fronteira entre o Brasil e o Uruguai, temos 320 km de " FRONTEIRA SECA" onde estão plantados 1.174 marcos de concreto, que indicam o traçado que divide os dois países.



      Para estabelecer a linha de fronteira nessa região adotou-se o chamado “Divisor de Águas”, ele consiste em “uma linha teórica de menor caimento, que limita as terras drenadas por uma bacia fluvial de outra bacia fluvial”.  Em outras palavras, é o divisor de águas estabelecido pela própria natureza, quando chuva cai corre determinando a linha por onde deve passar a fronteira. Daí a razão da forma irregular que caracteriza a linha limítrofe que vemos em nossa cidade.




     Porém ao atingir os subúrbios das duas cidades, a Comissão Demarcadora integrada por elementos de ambos países, verificou que não mais poderia manter a sinalização da fronteira pelo divisor de águas, conforme vinha sendo feito.


    A partir do chamado “Cerro do Caqueiro”, a linha demarcadora invadiria casas e cortaria terrenos. Dessa maneira, um trecho de aproximadamente quatro quilômetros ficou pendente para uma próxima definição.




     No início do século XX, as cidades cidades cresciam, aproximando-se cada vez mais.


       Entre elas estava um areal que pouco a pouco foi se transformando num espaço utilizado para a prática de competições esportivas de tênis, pólo, futebol que atraiam o público fronteriço.


        Porém, essa região era um problema de ordem jurídica, pois ninguém sabia a quem pertencia se ao Brasil ou ao Uruguai.




      Esse problema ficou definitivamente resolvido em 1923, ocasião em que foi sugerida a construção de um “Parque Internacional” na área considerada “terra de ninguém”.



    Inaugurado dia 26 de fevereiro de 1943 na divisa de Santana do Livramento e Rivera o Parque Internacional foi um avanço da História de união entre os dois países em uma época em que o mundo ficava perplexo com a Segunda Guerra Mundial.





     Com a presença do Ministro do Trabalho e Embaixador Extraordinário do Brasil, Marcondes Filho e o ministro Hector Geroma foi representante do presidente uruguaio definia-se assim, o último marco santanense, o obelisco no primeiro plano do Parque.


Referência

http://info.lncc.br/cbdls.html - As comissões brasileiras demarcadoras de limites
por Juvenal Milton Engel

A História da Praça Internacional, de Nelson Ferreira Moreira

http://www.celpcyro.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=1136:70-anos-da-praca-internacional-de-livramento-rivera-a-saga-do-tratado-de-tordesilhas-nessa-fronteira&catid=59:outras-fronteiras 70 Anos da Praça Internacional de Livramento-Rivera - A saga do Tratado de Tordesilhas nessa fronteira por Carlos Alberto Potoko

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